Nas páginas escritas por Eduardo Spohr, o apocalipse virá pelas armas de anjos e demônios

A primeira publicação nasceu na internet: livro “A Batalha do Apocalipse” ganhou notoriedade através do site Jovem Nerd
Eduardo Spohr é um cara multimídia em todos os sentidos. Além de escritor, é jornalista, professor universitário, blogueiro e podcaster do portal Jovem Nerd. Em 2007 lançou seu primeiro livro, “A Batalha do Apocalipse”, uma guerra entre anjos e demônios pelo destino da humanidade. A obra resultou em outra trilogia, “Filhos do Éden”, que será encerrada em breve com “Paraíso Perdido”. O escritor se apresentou nas loninhas da 7ª Jornadinha na sexta-feira (30) e sábado (31).
A grande influência nos primeiros passos da literatura veio da família. “Meu avô contava histórias fantásticas e me ajudava a pensar naquelas coisas. Eu reproduzia as histórias que fazia no sítio, é importante esse tipo de coisa”. E sobre infância, o autor reforça que não pode faltar brincadeira. “Criança não tem que trabalhar, tem que brincar por que é nessa fase que se desenvolve toda a personalidade da pessoa. A criança sonha muito e o adulto tem que sonhar também”.

Ablon, o anjo renegado de “A Batalha do Apocalipse”
Expoente da literatura fantástica juntamente com Raphael Draccon e André Vianco, Spohr reclama que ainda existe preconceito com as obras do segmento. “Isso é muito louco, porque se pega um livro de fantasia e, às vezes, ele é classificados como infanto-juvenil por preconceito nosso”, desabafa, desaprovando “essa coisa de achar que fantasia é algo obrigatoriamente ou juvenil”. Ele também frisa que, em outros países, principalmente nos Estados Unidos e Europa, várias séries televisivas de fantasia são consideradas adultos.
Filhos do fim do mundo
O último lançamento, “Anjos da Morte”, é a segunda parte da trilogia “Filhos do Éden”, que inicicose passa durante a segunda guerra mundial, um dos fatos históricos prediletos do autor. “Eu sempre fui um apaixonado por essa parte da história. Na verdade, eu queria ter falado da segunda guerra nos livros anteriores, mas não teve lugar. Pesquisei não apenas fatos, mas músicas, filmes e foi muito empolgante, tentei reproduzir tudo isso”, disse.
Ao longo da produção, Spohr publicou em seu blog uma lista com vários filmes de referência. “Acho muito legal ter essa interação, porque vira muito mais do que um livro, o leitor vai além do papel”. O autor também explica que ainda não sabe qual será o rumo após “Paraíso Perdido”, que encerra o arco da trilogia Filhos do Éden. Mesmo com várias ideias, ainda não há um projeto definido.
E já que não existem planos específicos para logo adiante, quem sabe não veremos o Spohrverso nas telonas? Ao ser questionado sobre qual ator daria um bom Ablon, protagonista de “A Batalha do Apocalipse”, Spohr desconversou um pouco. “Isso é um sonho distante essa coisa de filme. O que faz o trabalho todo valer a pena não é a minha resposta para isso, mas sim sua pergunta”. O autor reforça a ajuda do público para isso, o que pode tornar uma adaptação possível. “Vamos esperar e vamos construindo as coisas direitinho ao longo dessa jornada”.
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