A 8ª Jornadinha Nacional de Literatura está quase chegando ao fim, mas ainda tem muita programação pela frente. Nessa manhã os alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental lotaram o Espaço Lendas Brasileiras, Clarice Lispector, nas quatro tendinhas: Curupira, Negrinho do Pastoreio, Malazarte e Yara. As loninhas funcionam em sistema de rodízio e são 30 minutos para cada debate.

Isabela (14) FOTO: AMANDA VESELOSKI
A Tenda Yara foi a primeira parada dos autores Felipe Castilho e Renata Tufano. O romance e os relacionamentos tomaram conta da loninha, as crianças agarradas aos seus exemplares anotavam as perguntas em seus bloquinhos. Alguns eram viajantes de primeira viajem, mas a Isabela Schmit (13), da escola Roberto Sehn de Carazinho diz que “quando eu era menor já vim na jornada. Ainda é tudo muito bonito e mágico. Nós discutimos bastante sobre os autores na sala de aula.”

Professora da EMEF Sarandi
As mãos levantadas disputavam o microfone na tenda Negrinho do Pastoreio, todo mundo queria falar com o Edson Gabriel Garcia e a Renata Ventura. A professora Lurdes Mari, da EMEF Sarandi, apontou para a fila que se formava atrás da jornadete. “ A gente procurou conhecer um pouco de cada um dos escritores. As meninas amaram os livros e pediram para a escola adquirir os próximos exemplares da saga”. Esse feitiço é tão poderoso que encantou muitas crianças, e todo mundo queria saber: como é a magia brasileira. “Quando nós falamos com eles, eles explicaram tudo direitinho e nos mínimos detalhes. Foi uma conversa muito boa.”

Pedro, Vitória e Antônia. FOTO: AMANDA VESELOSKI
Disse Pedro Henrique (14). Suas colegas logo entraram na conversa. “Eu só queria dizer, que amei os livros da Renata, mostrando a realidade no nosso país misturando com um clássico como Harry Potter.” Contou Vitória Gasperin (14). A Antônia explicou que todos eles já haviam conversado com os escritores e agora só estavam esperando a hora de pegar o autografo.
Já na Tenda Malazarte o primeiro debate ficou por conta de Heloisa Prieto, Luiz Antônio Aguiar e Pablo Moreno. Os autores encantaram as crianças falando sobre as mitologias ao redor do mundo e sobre os livros de terror sem monstros, onde os humanos são os principais vilões. Pablo mora em Passo Fundo e ficou muitíssimo feliz em participar do evento e trouxe seu livro “Flor de Guernica” para discutir com os estudantes.
Ondjaki e Rosana Rios visitaram a tenda Curupira. A escritora com seus mais de 150 livros já publicados é uma das favoritas dessa edição, misturando o suspense e o terror em histórias juvenis, trouxe uma legião de fãs que ficaram entusiasmados com a conversa. “ Essa é a primeira vez que eu venho na Jornada. É tudo muito grande e os autores são muito legais.” Disse Gustavo (14). A sua pergunta já estava na ponta da língua: “ De onde surgiu o prazer de escrever tantos livros?”.
Gustavo (14) FOTO: AMANDA VESELOSKI
A quarta manhã da Jornadinha encerra com muita movimentação pelo Campus I, as crianças correm até a sessão de autógrafos e a felicidade em seus rostos é a prova de que a Jornadinha vai além da leitura, é magia.
More from 16ª Jornada Nacional de Literatura
Os monstros de Mário Corso
O autor fez parte da mesa “Monstros e outros medos colecionáveis”, na última noite da Jornada Nacional de Literatura Mário Corso …