
Debatedores da noite trouxeram o tema do jovem na ficção e centraram a discussão em torno de Walcyr Carrasco
A segunda noite de atividades no palco principal iniciou às 19 horas, com o espetáculo musical “Solidão no Fundo de Agulha”, memórias do escritor Ignácio de Loyola Brandão cantadas por Rita Gullo – que recebeu o troféu Roseli Doleski Pretto. As interpretações não foram apenas em português, mas em espanhol, francês e inglês. Após cada canção, Loyola relembrou e contou ao público algum fato de seu passado, que foi marcado pelas músicas apresentadas por Rita. Durante o espetáculo, o cartunista Paulo Caruso, que há 14 Jornadas trabalha fazendo as famosas caricaturas, registrava em desenhos o que ia sendo contado por Loyola.
O tema da conferência da noite, que sucedeu o espetáculo, foi “O jovem da ficcção à telenovela”. Para expor o assunto, os convidados da noite foram: o autor da novela “Amor à Vida”, Walcyr Carrasco, Ignácio de Loyola Brandão, Luciana Savaget e Miguel Rettenmaier. A importância de o jovem olhar e compreender a história, para não correr o risco de viver o presente de maneira rasa, abriu de forma provocativa o debate da noite e motivou Walcyr a comentar as transformações do mundo em que vivemos e, também, das áreas que envolvem o audiovisual. Carrasco foi questionado pelos outros convidados sobre diversos assuntos, desde sua maneira de escrever roteiros até as pressões que ocorrem sobre conteúdos expostos em telenovelas.
No terceiro momento da conferência, além das telenovelas, o assunto foram as inspirações literárias do autor, como a peça “A Megera Indomada”, de Shakespeare. Outros assuntos polêmicos abordados em “Amor à Vida”, como homossexualidade e aborto, estiveram em pauta durante a noite. Quando as perguntas da plateia foram respondidas, Carrasco confessou não acreditar que as telenovelas estejam no fim e comentou sobre a relevância dos problemas sociais representados por seus personagens. Mesmo com toda a abrangência dos assuntos abordados no palco, o autor não foi poupado da pergunta que esteve no ar nas últimas semanas sobre a morte da personagens da atriz Marina Ruy Barbosa. Ela interpretava uma personagem que tinha câncer e faleceu. O público passou a suspeitar que a personagem teria falecido na trama em decorrência da decisão da atriz do não cortar o cabelo para desempenhar o papel. Carrasco preferiu não esclarecer o boato: “A questão da Marina é muito complicada. Vou deixar vocês pensando o que quiserem”.
Assista a entrevista exclusiva que Walcyr Carrasco concedeu à equipe de reportagem do Nexjor logo após a conferência:
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