“As mudanças são perturbadoras para todo o social, as pessoas temem que uma mudança possa desestabilizar o que já está aí”.
Essa foi uma das falas de Marina Colasanti na coletiva que aconteceu na tarde do dia 05 na Jornada Nacional de Literatura. Thedy Corrêa, Federico Andahazi e Conceição Evaristo também participaram da coletiva.

Conceição Evaristo autografa seu livro para Thedy Corrêa. (Foto: Luisa Biasuz)
Falar sobre assuntos que estão percorrendo a sociedade e causando polêmica por seu teor e complexidade é essencial para o desenvolvimento de um país. Em uma jornada de literatura onde a cultura se dissemina e encontra com todas as pessoas, falar sobre esses temas se torna ainda mais significativo: os autores presentes na coletiva não se furtaram de discutir alguns pontos.
Igualdade de gênero, preconceito racial, censura das artes, o papel da música para expressar o resultado de uma sociedade, os prêmios recebidos pelos autores da coletiva que tiveram todo um caminho percorrido pautaram a conversa. Conceição Evaristo autora de “Insubmissas lágrimas de mulheres” e “Olhos D’agua”, traz em seus livros a realidade de muitas mulheres negras.
Thedy Corrêa que além de escritor é músico, falou sobre como a música tem o dever de passar conhecimento e desenvolver o pensamento das pessoas. Em sua música “Camila”, que foi gravada nos anos 80, ele comenta que já tinha a ideia de passar um contexto de igualdade de gênero.
“O Anatomista”, livro de Federico Andahazi, gerou grande polemica em 1997. O escritor comentou como foi complicado traduzir sua escrita no momento de divulgação do livro. As dificuldades de apresentar uma obra com conteúdo que é considerado tabu ainda permanecem em nosso meio social.
“Por elas: a arte canta a igualdade” é o tema em questão que os autores debatem durante a noite, que juntos tem o objetivo de caminhar para uma conquista onde o respeito impera em todas os âmbitos.
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