Como movimentação literária nacional, a 15ª Jornada de Literatura abre portas para a internacionalidade ao propor espaço para debate sobre a Rede Internacional de Universidades Leitoras. Representantes de universidades de cinco países reuniram-se na quarta-feira de Jornada para debater alternativas de políticas educativas. Preocupando-se com a promoção de novos leitores e escritores, a dimensão que determinado grupo almeja é promoção da leitura como componente emancipador.

“Não podemos ficar em desejos individualistas. Precisamos fazer sentido para a existência de uma rede de Universidade Leitoras” Tânia Rösing
A necessidade de sair da leitura superficial e direcionar o conhecimento para a interdisciplinaridade é lembrado por Tania Kuchenbecker Rosing como alternativa para a efetivação do conhecimento emancipatório. “A Universidade Leitoras é um trabalho para a conscientização do labor que deve se dar em conjunto. Sempre corremos o risco de ficamos dento de nossos departamentos e esquecermos que somos universidade”, ressalta a coordenadora da Jornada quando debate-se a deficiência na inclusão de novos leitores.
O professor Miguel Retternmaier, pesquisador da leitura relacionada às linguagens digitais e um dos responsáveis pelo projeto na UPF realizou estudos na área e constatou baixo número de universitários leitores. Miguel diz ser grande o trabalho que conscientizará novos leitores, mas diz ser urgente a criação de políticas que busquem essa inserção. “Recolhi dados que apontam um número que varia de uma a quatro horas de leitura em frentes ao computados. O que seria se nossos alunos passassem esse tempo com livros?”, ressalta o professor ao propor a leitura como meio para ligação ao infinito de possibilidades profissionais. Uma das deficiências encontradas pelo professor é a baixa informação dos acadêmicos quando a pergunta é leitura de jornal. “41% dos universitários não leem jornal. Apenas 6% dos leitores procuram o editorial de política. Precisamos politizar para que a leitura seja caminho para a consciência crítica”, comenta o professor.
Surgida em novembro de 2006, a Rede Internacional de Universidades Leitoras reivindica a leitura e a escrita como competência básica de todo acadêmico. A bandeira que milita é a interdisciplinaridade como quem propicia a visão crítica de bons profissionais. A proposta é dinamizar a leitura no meio acadêmico e debater metodologias que encontrem a transversalidade dos conhecimentos produzidos na academia. A Universidade de Passo Fundo faz parte das 41 instituições de ensino que debatem proposta de dinamizar a leitura no meio acadêmico.
More from 15ª Jornada Nacional de Literatura
A Jornada em números
Confira abaixo no infográfico interativo o balanço final da 15ª Jornada e 7ª Jornadinha em números. Os dados foram cedidos …