O que é necessário para uma inclusão eficiente na escola? E quais seus desafios? Esse foi o tema debatido nesta quinta feira, dia 05, no auditório da Faculdade de Direito no Campus I, das 14h às 17:30h, pela ministrante Karla Negry, diretora do Grupo Incluir em Brasília e o coordenador do SAES UPF, Diego Rodrigues . No debate estavam presentes professores, pedagogos e dois deficientes visuais para contar como foram suas vidas durante sua educação. Todos temos o direito à educação independente da opinião dos pais, e “os filhos tem obrigação de serem socializados na escola” disse Karla.

Karla Negry falando sobre inclusão na escola (Foto: Franciele Moraes)
Ela também menciona que “são raros os professores que possuem treinamento e capacidade parar atender as crianças deficientes”. A rotulação e preconceito só estão presentes a partir do momento que a pessoa exibe a sua deficiência na sociedade, porém devemos mostrar quem realmente somos. Além disso, a escola deve ser preparada, e ter as condições necessárias, como o amparo para os professores, a infraestrutura e recursos que atendam diversos tipos de necessidades. Pois de acordo com Negry “não adianta uma sala inclusiva e não ter a possibilidade de ir ao banheiro ou no refeitório. Todas as escolas recebem impressoras em braile e algumas delas devolvem por não saberem usa-las; isso inclui também acesso e permanecia das pessoas deficientes ao ensino superior. Não apenas, o aluno com deficiência frequenta a escola regular, ele vai para a sala de recurso complementar, quando a sala de aula não supre suas necessidades.
“Incluir é fazer o ser [humano] se tornar parte da sala de aula” enfatiza.

Participantes interagem com entusiasmo na palestra de Karla (Foto: Franciele Moraes)
Entre os convidados para o debate estava Thalia Ferreira(19) que “jogava vôlei na aula de educação física, mas levava muitas boladas na cabeça, pela bola não ter guizo. Abordando o tema da inclusão, Thalia também disse que “numa aula de futebol os colegas colocaram vendas nos olhos para termos um jogo justo”. Para Negri, em uma aula paras cegos, elementos táteis ou auditivos devem ter prioridade. E para surdos a essência visual deve ser rica e complementa que “o melhor pedagogo está fora da sala de aula. Pois pesquisam sobre o assunto, todo o professor deve ser pesquisador”
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