O advogado, jornalista e escritor Michel Laub é um dos convidados na Jornada deste ano. Ele foi editor-chefe da revista Bravo e coordenador de publicações e internet do Instituto Moreira Salles. Hoje, é colunista do jornal Folha de S.Paulo e da revista Vip. Já publicou seis romances: Música Anterior (2001), Longe da água (2004, lançado também na Argentina), O segundo tempo (2006), O gato diz adeus (2009), Diário da queda (2011) e A maçã envenenada (2013). Recebeu os prêmios Bienal de Brasília (2012), Bravo Prime (2011) e Erico Verissimo (2001). Foi finalista dos prêmios Portugal Telecom (2005, 2007 e 2012), Zaffari&Bourbon (2005 e 2012), Jabuti (2007) e São Paulo de Literatura (2012). Além de ser um dos integrantes da edição Os melhores jovens escritores brasileiros, da revista britânica Granta. Nesta manhã, o escritor participou do 4º Encontro Estadual de Escritores Gaúchos e falou rapidamente com a gente:
Como participante, de dentro, como você descreve a Jornada Nacional de Literatura?
Um dos movimentos mais bem sucedidos. Qualquer festival não pode ser somente um evento que acaba, mas que deixa uma marca.
Como se adaptar às “Leituras Jovens do Mundo”, tema desta edição?
As leituras do futuro vão passar pela tecnologia, a dúvida é se a tecnologia será somente um instrumento, um suporte ou se ela vai mudar o conteúdo de verdade.
Você deixou de exercer a advocacia e optou pelo jornalismo. Por que essa escolha?
Eu me decepcionei um pouco com a vida burocrática, eu achava que seria uma coisa mais criativa e acabou não sendo. Acabei indo para o jornalismo, onde eu estaria mais perto do texto escrito.
E você prefere escrever jornalisticamente ou de maneira mais literária?
Literatura, mas acredito… eu gosto das duas na verdade, eu fiquei um bom tempo fazendo jornalismo por ser mais rápido, e que dá retorno logo… mais superficial também, mas até isso eu acho legal. Já literatura, são anos de angústia.
Você optou por não usar linearidade na narrativa de “Música Anterior“. Por quê?
Eu acho que cada escritor escreve do jeito que ele pensa, eu acho que eu penso daquele jeito. Sai naturalmente, me imita.
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