Quando a tecnologia toma conta da leitura

O último dia do Seminário Internacional de Pesquisa em Leitura, Literatura e Linguagens: Novas Topografias Textuais contou com a participação de quatro conferencistas, dois deles, o Prof. Dr. Alckmar Luiz dos Santos e o Prof. Dr. Rui Torres, fizeram seu discurso por meio de vídeo conferência. As conferencistas presentes, Prof.ª. Dra. Ana Elisa Ferreira Ribeiro e a Prof.ª. Ms. Renata Loureiro Frade, abordaram o tema referente ao seminário: novas topografias textuais. A mediação da mesa ficou por conta da professora Marlete Diedrich.

As conferencistas presentes, Prof.ª. Dra. Ana Elisa Ferreira Ribeiro e Prof.ª. Ms. Renata Loureiro Frade, e a mediadora Marlete Diedrich

Através de uma ligação de vídeo, o Prof. Dr. Rui Torres abordou mais fortemente o tema poesia digital. Segundo Rui, poemas são passagens, fronteiras do pensamento. “Acredito que a poesia digital exige de nós essa pesquisa experimental e laboratorial”, acrescenta ele. A ideia do conferencista, é que a poesia digital não veio para ficar, e que isso significa uma radicalização online. “Poesia digital é um fenômeno digital que se mistura com linguagem e código”, afirma o professor da Universidade Fernando Pessoa, de Portugal.

Rui Torres é professor da Universidade Fernando Pessoa, de Portugal

A Prof.ª. Dra. Ana Elisa Ferreira Ribeiro considera desafiador tratar de novas topografias textuais, e começou sua fala com uma breve referência do que o dicionário descreve como topografia. “O leitor é desafiado pela topografia do texto assim como o escritor foi ao projetar determinada leitura”, garante ela. Outro tema abordado pela professora e pesquisadora do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, foi a questão da produção da notícia para os diferentes meios. Ana Elisa ainda lembra que as escolhas das produções de conteúdo para o público de diferentes plataformas, procuram analisar o que é melhor para o cliente em termos visuais. “Produzir jornal impresso é uma coisa, para tablet é outra e para celular é ainda outra”, afirma ela.